terça-feira, 20 de novembro de 2018

Passado





Hoje vivo de recordações,
Momentos que fizeram os dias
Um tempo de muitas convulsões
E também de grandes alegrias.
Preocupei-me em arrumar as gavetas
E deixar dentro de cada uma um tema.
Na parte superior a simplicidade das letras
E por baixo as cores das dores apenas.
Hoje temo abrir aqueles arquivos,
Porque acredito que poderão estar vivos. 

Há gavetas onde guardei os abraços,

Os que demos, gostámos e ainda amamos 
Os que não demos, mas ainda sonhamos.
E os beijos escondidos, perdidos, envergonhados?
Não posso abrir nem reviver esses espaços.
Foi o tempo da juventude vivida com amor
E  as corridas e loucuras que fizemos com ardor.
Hoje não posso, nem quero abrir nada
Por temer desfazer aqueles laços. 

Leiria,20-Nov-2018 

Zitocoelho

8 comentários:

  1. Melancólicos, triste versos... São as gavetas do armário da vida.... Bom te ler novamente! Aparece mais seguido, gostamos ! abração,chica

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  2. Estimado Luis.
    Continua a poetizar maravilhosamente e a encantar com a sua poesia,
    é seu dever partilhá-la conosco...
    É importante conviver e beneficiar do nosso carinho. Comece a encher
    uma nova gaveta.
    Desejo que tudo dê certo e que venham dias tranquilos.
    Abraço grande de muita e sincera amizade.
    ~~~~~~~~~

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  3. Uma poesia bonita que traz um tom um pouco triste, mas lembrar o passado às vezes é bom, mas creio que devemos buscar dele as experiências para a vida presente.
    Um abraço.
    Élys.

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  4. Boa noite, Luis!
    Poesia bonita com a Força da recordação de belos tempos e com o tom do presente onde a dor física trava os dedos e tentam emperrar a imaginação... entretanto, observo que não conseguiu.
    Parabéns pela força poética que reveste seu coração.
    Tenha dias venturosos e abençoados!
    Abracos fraternos de paz e bem

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  5. O passado é o presente á distância. Não nos separamos dele nem ele se separa de nós.
    Gavetas, vasos, estantes apenas deixam perpetuar semelhanças de arrumação e ordem.
    O sentimento está vivo e presente, Amigo.


    Abraço
    SOL

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  6. Memórias guardadas no coração…
    Belo, o poema.
    Uma boa semana.
    Abraço.

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  7. Tanto quanto pode o coração,
    Possas lá guardar toda a memória.
    Venda os olhos com a tua mão
    E revive só o que tenha glória.



    Abraço
    SOL

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  8. Obrigado a todos pelos comentários e pelo apoio e carinho. Gostaria de poder alinhar as palavras que o vento me sopra e dar-lhes as cores que o amor se reveste.

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