domingo, 13 de agosto de 2017
Quando te conheci
Quando te conheci
As rosas floriram,
Os pássaros cantaram,
Novos horizontes se abriram
E nossos olhares de esperança
Só de amor e carinho sorriram.
Nossos passos ficaram ali,
Os ventos nos aconchegaram
E longe ficaram os caminhos,
As ruas e encruzilhadas,
Olhares que nunca mais vi.
Foi amor que bebemos
Nas palavras que não dissemos,
Foi o perfume das rosas
E de todas as outras flores
Foram melodias que nos alimentaram.
Depois a vida nos torce o destino,
Tu segues na vida o teu caminho
E eu, mais triste, fico sozinho.
Agosto/2017
Luíscoelho
sexta-feira, 21 de julho de 2017
O teu rosto na areia
Olhei a praia deserta
E recordei onde antes passeavas.
Os passos não eram largos,
Eram o tempo que me davas.
Ao som do mar escrevi
O calor do teu olhar
E aquele amor, já frio, que querias partilhar.
Foram tantas incertezas desse nosso caminhar.
Vi o teu sorriso fresco
Naquele mar onde nunca tinha ido
Fiquei ausente no tempo
Talvez me tivesse perdido.
Amei sem saber desse amor
Caminhos feitos de vento
Desejos que nos fazem dor
Viver que não faz sentido.
Gravei os traços do teu rosto
Naquela areia dourada,
Eram belos e suaves, como nunca imaginei.
No teu corpo havia luz,
Momentos que muito amei,
Mas foram apenas alguns segundos
E de amor não teve nada.
As lágrimas correram apressadamente
Numa aragem fria de nortada
luíscoelho
Julho/2017
sábado, 8 de julho de 2017
Porque me foges?
Porque me foges
Procurei-te perdidamente na brisa do mar.
Subi as rochas geladas, vi-te na noite,
Divertias-te como quem vive a vegetar,
E cantavas como quem fala doces melodias.
Tinhas a voz embriagada pela multidão
E vives, mas não sabes nem sentes o amor
Que me mata e tortura tão profundamente.
Dor cega com desprezo, só de ti ausente.
Perdi-me a procurar-te no movimento dos corpos
Nas ruas coloridas, despidas de convenções errantes.
Perdi-me nos sons que cresciam nos bares
Gritos vividos no calor de amores e de amantes
Cheiros da maresia que subia a cada instante.
Passei pelas vielas e muitos becos sem saída
Olhei para lá do que era sombra ou tinha vida
Mas terminei o meu regresso no início da partida.
Julho/2017
Luíscoelho
domingo, 2 de julho de 2017
Os teus olhos
Procuro nos teus olhos o brilho dos meus,
As cores que me escondes são a vida que eu amo,
São as estradas que eu sigo e nas dores já me tramo.
São estrelas de luz que me deixam perdido,
São dias cinzentos, pintados de azul
Serão tudo o que eu quero se não for vencido.
Procuro, procuro na distância do tempo
Nos dias cansados de dor e lamentos.
Procuro, procuro num fio de esperança,
Numa nesga de luz que me sopra o vento.
E quando te escondes e desvias o olhar
Viverei desse brilho que me faz amar.
Nesses olhos há feitiço que me faz sonhar,
Há esperança e amor, há tanto para dar,
E também houve vida que me quiseste roubar.
Nesses olhos houve dor e também desencanto
Nas cores que sonhamos de prazer sem pranto.
Nos teus olhos há vida que eu quero cantar.
Luíscoelho
Julho,2017,01
terça-feira, 6 de junho de 2017
Lágrima triste
Uma lágrima perdida
Teimava esconder-se
Do teu sorriso estudado.
Senti que era tempo
De a deixar correr,
De soltá-la sem ver,
A tua lenta partida.
E ainda mais magoado
Neste adeus a fazer-se
Por ter sido esquecida.
Uma lágrima triste,
Brilhando ao acaso,
Marejando nos olhos
De amor e saudade,
Correu em silêncio
Sem dor nem maldade.
Foi um sonho desfeito,
Despedida sem prazo
Que ao amor contrafeito
Nem sempre resiste.
luíscoelho
2017/Junho
Teimava esconder-se
Do teu sorriso estudado.
Senti que era tempo
De a deixar correr,
De soltá-la sem ver,
A tua lenta partida.
E ainda mais magoado
Neste adeus a fazer-se
Por ter sido esquecida.
Uma lágrima triste,
Brilhando ao acaso,
Marejando nos olhos
De amor e saudade,
Correu em silêncio
Sem dor nem maldade.
Foi um sonho desfeito,
Despedida sem prazo
Que ao amor contrafeito
Nem sempre resiste.
luíscoelho
2017/Junho
sexta-feira, 17 de fevereiro de 2017
Quando me esqueces
Quando me esqueces
Já não me mereces
Neste grande amor
Que vivo por ti, mas tu desconheces.
Toda esta vida tem outro valor
Mas tu, nem do meu sofrer já te compadeces.
Quando me esqueces
Já me arrefeces
O nosso olhar se torna fogo frio,
E nos meus sonhos já não te aqueces
Nem as roupas quentes que alguém te despiu.
Não, não viverei o que me ofereces.
Quando me esqueces
De dor me enlouqueces,
Mas também recebes
A parte que mereces.
Fevereiro – 2017
Luíscoelho
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